Sobre ter pais idosos… cuidar de quem cuidou de você.    É mais um post informativo e um alerta que temos para  hoje. Nem só de moda e estilo este blog fala.  Este blog tem como objetivo trazer informações relacionadas  ao universo de mulheres 50+ .  O post de hoje é um fato que muitas de nós estamos vivendo ou vamos viver daqui há pouco. É um texto informativo do Dr. Marcos Paulo Betinardi.

A maioria das pessoas têm saudades da infância.  Saudades da tigelinha onde faziam as refeições, do cobertor que acalentava na hora do sono.  Dos cheiros daquele tempo, das histórias contadas pelos pais ou cuidadores. Das músicas de ninar, do colo que buscavam quando estavam tristes. Saudades de um tempo em que eram cuidadas. Mas, chegará o dia que você terá que cuidar de quem já lhe cuidou. Chegará o dia de devolver esse carinho recebido na infância.

Esse pode ser um momento de muita angústia e sofrimento para alguns e de gratidão e carinho para outros.

Uns por infelizmente não terem recebido um carinho adequado quando crianças, não vão conseguir dar algo diferente do que receberam. Outros tão acostumados aos cuidados recebidos, podem chegar aos quarenta anos, ainda sem cortar o cordão umbilical, sem terem aprendido a andar com as próprias pernas. Esse fato pode dificultar o ato de devolver a seus pais idosos os mesmos cuidados recebidos na infância.

Portanto, uns conseguirão cuidar de seus pais de forma mais presente e dedicada. Outros conseguirão cuidar, e outros não conseguirão, sendo que esses cuidados ou a falta deles podem vir acompanhados de diversos sentimentos.

A explicação para a forma com que filhos cuidarão de seus pais idosos dependerá da qualidade das relações dos pais estabelecidas com os filhos na infância e juventude. E essa qualidade é que irá praticamente determinar a qualidade das relações dos filhos com os pais idosos. Quanto melhor for a qualidade das relações, melhor será a aceitação dos filhos às perdas das funções cognitivas e físicas dos pais e a elaboração de um inevitável luto.

Se existiu amor e afeto genuínos tudo será digerido (elaborado) mais facilmente, eliciando sentimentos de gratidão, generosidade, compaixão. Se não existiram, surgem os sentimentos de culpa, medo, raiva, não aceitação.

Sentir-se sobrecarregado, pressionado e ter sentimentos de culpa e medo é natural. E não há problema algum em delegar o cuidado dos pais idosos para as pessoas que estejam mais disponíveis no momento. Como clínicas geriátricas, por exemplo. Delegando os cuidados diários fica mais fácil abrir um espaço para resgatar a qualidade das relações entre os filhos e seus pais idosos. Buscar ajuda em momentos de dúvidas, de angustias e medos é muito importante. A melhor opção seria dividir os dilemas das dificuldades relacionadas ao cuidado dos pais idosos com alguém (um psicoterapeuta, por exemplo). Alguém que possa enxergar de fora a situação e ajudar a pensar novos caminhos.

Portanto, o momento de cuidar dos pais idosos (para quem possui pais saudáveis), irá existir quando eles envelhecerem.  E nós como filhos, teremos a missão de cuidá-los da melhor forma possível.  Seja pessoalmente ou fazendo escolhas maduras e seguras de qual a melhor forma de cuidados. O mais importante é priorizar o conforto, o carinho, a segurança e acima de tudo a dignidade para atravessar essa fase final da vida”.

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Obrigada Dr. Marcos Paulo Betinardi por este texto tão esclarecedor e de grande ajuda para nós filhas que temos que lidar com sentimentos ambivalentes nesta fase da vida sobre ter pais idosos.  Muito importante para nós mulheres com mais de 50 anos.

Dr. Marcos Paulo Betinardi

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Cremers 33222

Fone para contato: 51 99542 8269

  • Médico Psiquiatra especializado em Psicogeriatria (Psiquiatra Especialista em Idosos)
  • Pós-Graduado em Geriatria e Gerontologia pela PUCRS
  • Pós-Graduado em Neurologia Vascular pelo Hospital Moinhos de Vento
  • Professor e Supervisor do Instituto Abuchaim de Psiquiatria
  • Professor do Instituto Cyro Martins de Psiquiatria
  • Corpo Clínico do Hospital Psiquiátrico Espírita

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